A Prefeitura de Uberaba reassumiu, há mais um mês, a administração da Área Azul na cidade de Uberaba, mas na prática a fiscalização em muitos locais ainda não ocorre. A cidade foi dividida em 15 regiões e apenas nove fiscais estão nas ruas trabalhando sendo que seriam necessários pelo menos 40. A Prefeitura informou que já trabalha na solução do problema.

Segundo informações da Secretaria de Trânsito e Transportes (Settrans), a cidade foi dividida em 15 regiões e apenas cinco contam com agentes da Área Azul. O subsecretário Mário Valmir Júnior explicou que a fiscalização já começou, mas o efetivo é insuficiente. “Isto não impede que a gente comece a fazer o nosso trabalho de fiscalização e de pontuar os principais locais da cidade”, justificou o subsecretário.

Por conta da falta de rotatividade dos veículos, os motoristas reclamam que não conseguem estacionar nas principais ruas da cidade. Por outro lado, comerciantes da região central acumulam prejuízos. Para atrair a clientela, a dona de um estabelecimento no Centro da cidade, Vanilda Cristina Gonçalves, resolveu vender talões da Área Azul há seis meses. Porém, segundo ela, nada adianta se houver fiscalização. “Tendo mais estacionamento o pessoal para mais e consequentemente as vendas aumentarão”, disse.

Na Rua São Benedito, que é uma das principais do Centro, não foi encontrado qualquer agente de fiscalização, o que facilita o descumprimento da lei. “Não tenho onde comprar, não tem ninguém vendendo, o que dificulta cumprir a lei”, desabafou o analista de sistemas, Reginaldo Manhezzo.

Sem rotatividade, a funcionária Cristiane Castro garantiu que o movimento diminuiu e, com isso, as vendas. “Existem pessoas que vêm, deixam o veículo na cidade Uberaba parado aqui o dia todo atrapalhando os clientes que querem entrar na loja. Daí o cliente vai para outro comércio, em outra rua, onde há vaga”, contou.

A Prefeitura informou que trabalha no sentido de resolver o problema e a questão dos pontos onde o motorista pode adquirir o talão. “Os comerciantes deveriam vir até a Settrans para comprar os blocos e depois repassar aos usuários. Já enviamos um ofício com o intuito de fazer uma parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para fixarmos cartazes nos comércios para conscientizar a população”, explicou Mário.

Sebastião de Melo Borges, que trabalha no Mercado Municipal há 43 anos, disse que além de garantir o bom funcionamento da Área Azul, a fiscalização proporciona mais segurança aos clientes. “Além de dar a rotatividade dos veículos, tem o afastamento dos flanelinhas que incomodam muito os clientes”, lembrou o comerciante.

O motorista que for flagrado sem o talão da Área Azul pode ser multado, além de pagar R$ 53,20 pela infração e ganhar três pontos na carteira de habilitação.

Fonte: G1