As obras de prolongamento da Avenida Claricinda Resende e construção de viaduto para ligar a região Leste com o Piscinão, em Uberaba, estão paradas desde o final do ano passado. Com custos estimados em mais de R$ 4 milhões, os moradores da região e motoristas sofrem com as poucas opções de entrada e saída nos bairros e com a falta de segurança. O secretário de Infraestrutura prometeu que, até o final de julho, as obras serão retomadas.

Jesus Gáspio atravessa a linha do trem todos os dias para chegar do outro lado da via. Trajeto que, com o prolongamento da Avenida Claricinda e a futura ligação da região Leste com o Piscinão, seria muito mais rápido e menos perigoso. Ele afirma que prefere correr o risco do que dar a volta e gastar mais que o dobro do tempo na caminhada.

“Eu vi quando começaram a fazer a preparação do canteiro de obras. Desperdiçaram muito material para não terem feito praticamente nada até agora” observou o vendedor.

As obras também contemplam o prolongamento da Avenida Mei Mei, que já foi feito. Mas quem precisa descer na rua de baixo ou mudar de sentido, não tem opções de retorno. Sem um trevo, motoristas andam um trecho na contramão ou então improvisam.

“É complicado. Não sabemos onde é mão, contra-mão. E no trevo não sabemos onde devemos entrar”, contou o pedreiro Luiz Wagner Pio.

Enquanto as obras estão paradas, outras no entorno que dependem dela também não chegam ao fim. O motorista que hoje está na região Leste da cidade e precisam ir ao Centro, só tem duas opções. Ou ele passa pelo Bairro de Lourdes, no início da Avenida Nossa Senhora do Desterro, ou pela Avenida São Paulo, próximo ao Tiro de Guerra. Um trajeto que leva, em média, 20 minutos.

Com o prolongamento da Avenida Claricinda Rezende e a futura ligação da região com o Piscinão, os motoristas economizarão tempo e dinheiro.

O secretário de infraestrutura, Roberto Indaiá, explica que, tanto o projeto quanto a licitação, já estão concluídos. O prolongamento das avenidas Claricinda e Mei Mei até a Nossa Senhora do Desterro custará aos cofres municipais mais de R$ 3 milhões, enquanto o viaduto foi licitado em quase R$ 2 milhões. “Em meados de julho, vamos iniciar este trabalho, pois a empresa construtora tem que montar o centro de obras”, garantiu o secretário.

Até lá, moradores da região, pedestres e motoristas continuam na expectativa. O presidente de associação de bairros, Jorge Jadir Elias, reclamou que como consequência, os moradores do local, além dos transtornos, correm riscos de acidente. “O pessoal tem que atravessar a pé pela linha de ferro e a rotatória, inacabada, oferece diversos riscos para os motoristas”, disse.

Fonte: G1