Prefeitura mantém inauguração de hospital para dezembro em Uberaba
sexta-feira, 9 de novembro de 2012A Prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, mantém a previsão de inaugurar o Hospital Regional no dia 15 de dezembro. A medida de emergência pode ser uma solução para a superlotação no pronto-socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). O prefeito Anderson Adauto visitou as obras e garantiu que o hospital começará a funcionar ainda este ano. “Nós planejamos concluir por inteiro, em termos de construção civil, ter todos os equipamentos de determinadas alas para colocá-las em funcionamento. Então, o que nós estamos dizendo que vamos fazer é um trabalho que foi efetivamente planejado”, afirmou Anderson.
Inicialmente, duas alas devem ser inauguradas, uma onde ficarão os 160 leitos e outra com o bloco cirúrgico. Outras três ainda não têm data para serem concluídas, entre elas, a administração, UTIs, lavanderia e o almoxarifado. Nesse período alguns serviços deverão ser terceirizados. Mas para que o hospital funcione, além de estrutura física, móveis e equipamentos, serão necessários 700 profissionais, segundo a Secretaria de Saúde. “A minha proposta é fazer um processo seletivo emergencial com validade de seis meses, que daria condições de fazer o hospital funcionar e, ao mesmo tempo, seria tempo suficiente para que houvesse uma definição do modelo de gestão e da contratação de forma definitiva”, explicou o prefeito.
Essa semana, o coordenador do pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM, Antônio Cassemiro Gonçalves, afirmou que asituação esta “à beira de um caos” e o local chegou a suspender os atendimentos. Os corredores se transformaram em enfermarias e até a sala de emergência, que deveria estar vazia a espera de casos urgentes, era utilizada para internação de quatro pacientes. A assessoria de imprensa da UFTM confirmou nesta quinta-feira (8) que a situação do pronto-socorro do HC continua preocupante. Há 40 internados onde deveriam ter somente 22.
Segundo a promotora de defesa da saúde, Claudia Alfredo Carvalho, o município é obrigado a dar solução ao problema. Em casos de necessidade de internação o Ministério Público pode intervir. “A partir do momento em que o município não consegue essa vaga em hospital público ou filantrópico, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ele será obrigado a comprar essa vaga em um hospital particular”, disse a promotora.
Fonte: G1